Não é um exclusivo português este utensílio de cozinha, próprio para rapar tigelas e tachos, evitando o desperdício. Mas em Portugal ganhou estatuto simbólico, baptizado popularmente como “Salazar”. De facto, António de Oliveira Salazar, o ditador que governou o país durante 40 anos, era um homem que apregoava a sua pobreza, chegando a afirmar que “um povo que tenha a coragem de ser pobre é um povo invencível”, fazendo crescer o anedotário popular inspirado pela sua lendária avareza. Recorda-se, a propósito, uma anedota que se contava no antigo regime. Depois de um almoço para o qual Salazar convidou os ministros, estes comentavam no fim a escassez da refeição. Eis senão quando Salazar chama a governanta e lhe ordena: «Maria, traz o perú!». Os convidados respiraram de alívio. Mas quando a governanta apareceu, trazia um perú vivo que pôs em cima da mesa, dizendo: «Vá lá, come as migalhas que estes senhores deixaram!»
O Colégio das Artes, sedeado em Coimbra, foi criado pelo Rei D. João III em 1542 com o objectivo de preparar os futuros estudantes universitários nas artes liberais. Até então, não existiam instituições em Portugal que ministrassem um ensino com a qualidade que se julgava necessária para preparar os candidatos à universidade. Muitos portugueses eram obrigados, por isso, a frequentar instituições no estrangeiro, especialmente em França.
domingo, 11 de janeiro de 2015
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O 'Botas' erra forreta...
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