quinta-feira, 12 de março de 2015

Manuel Filipe (1908-2002)


Trilogia (Deus Pátria e Família), 1943, mina negra sobre papel, 95 x 73,5 cm

Filho de um trabalhador rural e de uma pequena comerciante, deu os seus primeiros passos nas artes plásticas quando ainda vivia em Condeixa, distrito de Coimbra, onde frequentou aulas particulares e a escola de artes e ofícios. Vai depois estudar para Coimbra, mas a aprendizagem para professor do ensino secundário está sobretudo ligada ao seu especial interesse pelo desenho. A sua obra, em especial a sua designada 'Fase negra' (1943-1945), marcadamente neorrealista e de inspiração expressionista, traduz um "grito de revolta" e é "uma expressão dramática da temática social e da luta contra a opressão totalitária".

No final da década de 1940 é ameaçado pela PIDE de afastamento compulsivo do ensino se insistir na sua opção socialmente empenhada, o que o leva a interromper a actividade plástica. Retoma a pintura em 1961, dando início a uma "distinta e muito fecunda fase criativa". Está representado em colecções públicas e privadas, entre as quais: Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Lisboa; Museu do Chiado, Lisboa; Museu Francisco Tavares Proença Júnior, Castelo Branco; Museu José Malhoa; Museu Municipal Santos Rocha, Figueira da Foz; Museu da Guarda; Secretaria de Estado da Cultura.

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