"A NASA decide arranjar um astronauta europeu para ir a Marte. São seleccionados um inglês, um francês e um português. O primeiro a ser entrevistado é o inglês. Quando chega a altura de discutir a recompensa, o inglês pede nove milhões de dólares. O funcionário da NASA acha muito e quer saber porquê. O inglês explica que é casado, tem três filhos e que uma missão tão perigosa tem de ser devidamente paga. «Está bem, vamos ver”, diz o americano, mandando entrar o francês. O francês pede nove milhões de dólares. O entrevistador insiste em saber a razão de uma soma tão grande. O francês explica: «Está a ver - sou casado, tenho três filhos. Cinco milhões de dólares são para mim e para a minha família. E os outros quatro milhões de dólares são para dividir entre mim e as minhas duas amantes.»
Chega então a altura de entrar o português. Passa todos os testes e, mais uma vez o americano quer saber quanto é que o astronauta português quer cobrar. O português também pede nove milhões de dólares. Quando o americano lhe pede explicações, o nosso compatriota arregaça as mangas e avança com a resposta: «Ora bem... três milhões de dólares, para já, são para si, para o meu amigo me escolher a mim. E ficam seis. Três milhões de dólares são para mim. E os outros três milhões são para quem for a Marte, que se há-de arranjar alguém.»
Esta anedota ilustra perfeitamente a arte portuguesa de subornar. O suborno à portuguesa não é nada mefistofélico nem luciferino. É um esquema simpático entre amigos, em que «ganham todos». Não há chantagem nem culpa - é somente um contrato entre espertalhões, em que a única pessoa que se lixa é o terceiro, o desconhecido, ou o abstracto."
Chega então a altura de entrar o português. Passa todos os testes e, mais uma vez o americano quer saber quanto é que o astronauta português quer cobrar. O português também pede nove milhões de dólares. Quando o americano lhe pede explicações, o nosso compatriota arregaça as mangas e avança com a resposta: «Ora bem... três milhões de dólares, para já, são para si, para o meu amigo me escolher a mim. E ficam seis. Três milhões de dólares são para mim. E os outros três milhões são para quem for a Marte, que se há-de arranjar alguém.»
Esta anedota ilustra perfeitamente a arte portuguesa de subornar. O suborno à portuguesa não é nada mefistofélico nem luciferino. É um esquema simpático entre amigos, em que «ganham todos». Não há chantagem nem culpa - é somente um contrato entre espertalhões, em que a única pessoa que se lixa é o terceiro, o desconhecido, ou o abstracto."
"Carlos Santos Silva já avançou com o recurso às medidas de coação. Paula Lourenço, que defende o empresário de Leiria, gasta uma parte considerável do recurso a falar sobre o conceito da amizade. E garante que a generosidade não tem limites e que o seu cliente nunca olhou a meios para que Sócrates se sentisse satisfeito. Pagava tudo – casa, carro e luxos pessoais –, mas sempre sem segundas intenções." [Dos jornais]. Amigos. Alguém duvida? Amigos e espertalhões...
ResponderEliminarToda a gente gosta de chamar ladrões aos políticos e, para essas pessoas, não há nenhum que escape. Já repararam em quantos médicos já foram presos este ano por ladroagem ao Serviço Nacional de Saúde?
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