Manuscrito inédito do século XVIII, de autor ignorado, este 'Discurso em Honra e Favor da Cornudagem' filia-se numa longa tradição subversiva que, para não ir mais longe no tempo, muito devemos literariamente à França de Seiscentos. Bastará aqui trazer à colação essa figura maior da cultura francesa, o comediógrafo Jean-Baptiste Poquelin, o famoso Molière, e o seu "Sagnarelle, ou le Cocu Imaginaire". Podemos, depois, acrescentar-lhe a extensa produção de temática paralela que se estenderá também pelo século XVIII e estaremos a enquadrar, no espírito e na letra, este nosso Discurso, talvez apenas uma muito fluente tradução de um texto redigido originalmente em língua francesa, em versão conservada e preservada na Biblioteca Nacional de Portugal.
O Colégio das Artes, sedeado em Coimbra, foi criado pelo Rei D. João III em 1542 com o objectivo de preparar os futuros estudantes universitários nas artes liberais. Até então, não existiam instituições em Portugal que ministrassem um ensino com a qualidade que se julgava necessária para preparar os candidatos à universidade. Muitos portugueses eram obrigados, por isso, a frequentar instituições no estrangeiro, especialmente em França.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Ser poeta é...
SER POETA
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca (1894-1930)
terça-feira, 28 de abril de 2015
Uma arte antiga, pois claro...
São arte antiga as técnicas de fuga aos credores por parte dos devedores que hoje bem podem ser um qualquer cidadão anónimo, empresa, governo central, regional, autarquia. A realidade não mudou muito quando comparada com o século XIX, altura em que esta obra foi publicada pela primeira vez.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
domingo, 26 de abril de 2015
O seu reinado cessou em Alcácer Quibir
D. Sebastião nasceu em Lisboa, a 20 de Janeiro de 1554, poucos dias depois da prematura morte de seu pai, o príncipe D. João, último sobrevivente dos nove filhos de D. João III e de D. Catarina de Áustria. Ainda não completara quatro meses de vida, quando sua mãe, D. Joana de Áustria, chamada à regência de Castela, de onde era natural, se viu obrigada a deixá-lo ao cuidado dos avós paternos. Aclamado rei aos 3 anos de idade, após a morte de D. João III, D. Sebastião só viria a governar efectivamente a partir dos 14 anos. Até lá, a regência do reino foi assegurada, primeiro, pela sua avó, a rainha viúva D. Catarina, e mais tarde pelo seu tio-avô, o cardeal D. Henrique, avesso a uma sujeição aos ditames de Filipe II de Espanha. O seu reinado cessou brutalmente a 4 de Agosto de 1578 com a Batalha de Alcácer Quibir.
Que relação existia entre estes dois objectos?
A BASF criou o polímero usado na fabricação destes dois objectos que tinham como finalidade registar. A cassete registava os sons musicais. Com a esferográfica se registava no rótulo da fita os títulos das gravações feitas. Mas a esferográfica tinha um uso acessório ao regular funcionamento da cassete.
Afinal, que relação existia entre estes dois objectos?
É este o desafio desta semana. Para o primeiro leitor que der a resposta certa temos reservado um livro como prémio. Utilize a caixa de comentários.
sábado, 25 de abril de 2015
sexta-feira, 24 de abril de 2015
quinta-feira, 23 de abril de 2015
A Segunda Guerra Mundial
O Expresso oferece a obra de referência do historiador britânico Martin Gilbert sobre a II Guerra Mundial. Separada em oito volumes, esta obra de referência conta-lhe passo a passo a história da ascenção dos Nazis, o início da guerra, as suas repercussões no mundo, os horrores e tragédia e a posterior queda do regime. Dividida em oito volumes distribuídos em oito semanas, esta é uma obra ímpar que o ajudará a conhecer a história, compreender motivos e descobrir os porquês de uma das maiores tragédias da humanidade.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
(O) Pássaro de Abril
Uma ave é para voar
Uma ave é sonho leve
sem amarras nem destino certo
É ir por aqui e por ali
sem que lhe digam por onde deve
Uma ave é para encantar
É flor alada no azul do céu
de verde plumagem
e olhos de (a)mar
É música É graça
É harmonia breve É claridade
no caos por onde esvoaça
Uma ave é Liberdade
que inconsente mordaça
Não se pode aprisionar
Manuel Santos
Condeixa, 21-4-2015
Uma ave é sonho leve
sem amarras nem destino certo
É ir por aqui e por ali
sem que lhe digam por onde deve
Uma ave é para encantar
É flor alada no azul do céu
de verde plumagem
e olhos de (a)mar
É música É graça
É harmonia breve É claridade
no caos por onde esvoaça
Uma ave é Liberdade
que inconsente mordaça
Não se pode aprisionar
Manuel Santos
Condeixa, 21-4-2015
A História da primeira Bolha Financeira
'Mania das tulipas' ou 'crise das tulipa' são expressões referentes a um episódio da História dos Países Baixos que deu origem à primeira bolha especulativa conhecida. As tulipas foram introduzidas nos Países Baixos no século XVI. As suas flores, muito apreciadas pela sua beleza, passaram a ser muito procuradas, favorecendo o aumento dos preços. Com o passar dos anos, os preços aumentavam cada vez mais rápido, tornando o comércio de bulbos de tulipas bastante lucrativo. Pessoas de todas as classes vendiam propriedades para investir em tulipas, e em meados da década de 1630 surgiram contratos de futuros para negociar os bolbos antes mesmo da colheita. Em 1637, devido a diversos factores, houve uma perda de confiança em tais títulos, levando muitos a uma corrida para o resgate de seus investimentos. Consequentemente, os preços caíram subitamente e inúmeros negociantes foram à falência.
terça-feira, 21 de abril de 2015
segunda-feira, 20 de abril de 2015
Que coisas são as nuvens
José Tolentino tem um novo livro onde reúne as melhores crónicas já publicadas no Expresso. "Que Coisa são as Nuvens" está organizado em três partes, todas elas com o nome de um pequeno filme de Pier Pablo Pasolini a encimar a secção. A primeira, "Comícios de Amor", trata as problemáticas do presente, do aqui e do agora, de uma vida caracterizada pelo ambiente em que vivemos. Na segunda, que se chama "Teorema", o cronista do Expresso decidiu tratar "as questões da crença e a reflexão sobre a espiritualidade em espaço público. Quanto à última parte, "A Terra Vista da Lua", reflete "sobre o amanhã, sobre aquilo que já hoje podemos pressentir do que serão as sendas, os caminhos e os atalhos daquilo que está por chegar".
O último duelo em Portugal...
O escândalo de Alves dos Reis e das notas falsas estava ao rubro e daí a meses, a 28 de maio de 1926, um golpe de Estado acabaria com a primeira República e instituiria uma ditadura, mas isto ainda não se sabia naquela manhã cinzenta de inverno, quando no Campo Grande se defrontaram o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, o republicano António Beja da Silva e António Centeno, o «monárquico e capitalista» director das Companhias Reunidas do Gás e Electricidade. Beja da Silva acabou por morrer no local com um ataque cardíaco...
domingo, 19 de abril de 2015
Descubra quem foi
A foto, publicada na revista americana Life, foi tirada no dia 14 de Agosto de 1945 na Times Square, Nova Iorque, no momento em que era anunciada pela rádio a rendição do Japão, pondo fim à 2ª Guerra Mundial. Se há polémica quanto à identificação dos personagens, já o mesmo não se pode dizer do fotógrafo.
Afinal, quem fotografou esta histórica imagem?
[1] - O americano Charles C. Ebbets
[2] - O francês Robert Doisneau
[3] - O germano-americano Alfred Eisenstaedt
[4] - O francês Henri Cartier-Bresson
[5] - O brasileiro Sebastião Salgado
É este o desafio desta semana. Utilize a caixa de comentários. Para o primeiro leitor que der a resposta certa temos reservado um livro como prémio.
sábado, 18 de abril de 2015
Almanaques e Prognósticos
Edição bilingue de uma das mais conhecidas obras do humanismo literário francês. Nestes textos, escritos durante os anos 1533-1544, François Rabelais ataca com brio os fazedores de horóscopos e profecias. Melhor ainda, a pretexto de astrologia, defende o programa humanista e combate a intolerância.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Maria, o que temos para jantar?
Um velho foi ao médico para marcar uma consulta para a sua mulher e a recepcionista pergunta-lhe:
- "De que se queixa a sua esposa?"
- "De surdez. Não ouve nada."
- "Então o senhor, antes de trazê-la, vai fazer um teste simples para facilitar o diagnostico do médico. Sem que ela repare, o senhor, a uma certa distância, falará em tom normal, até que perceba a que distância ela consegue ouvi-lo. Então, quando vier dirá ao médico a que distância estava quando o ouviu. Certo?"
Nesse dia, à noite, quando a mulher estava a preparar o jantar, o velhote decidiu fazer o teste. Mediu a distância que estava em relação à mulher e pensou: "Estou a 15 metros de distância.Vai ser agora!"
- "Maria... o que temos para jantar?"
Nada... silêncio. Aproxima-se 5 metros.
- "Maria... o que temos para jantar?"
Nada... silêncio. Fica à distância de 3 metros:
- "Maria... o que temos para jantar?"
Silêncio. Por fim, encosta-se às costas da mulher e volta a perguntar:
- "Maria! O que temos para jantar?"
- "Frango, porra! É a quarta vez que eu respondo!"
[Paulo Tadeu in Piadas da Terceira Idade]
quarta-feira, 15 de abril de 2015
A Holanda
Crónicas de viagem de Ramalho Ortigão resultantes de uma deslocação à Holanda, onde, a par da pintura de paisagens e ambientes característica da viagem exterior, ressaltam as notações estéticas, artísticas, humorísticas, por vezes líricas, típicas da própria vivência interior da viagem.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Tratado de Tordesilhas
O Tratado de Tordesilhas, assinado na povoação castelhana de Tordesilhas em 7 de Junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino da Espanha para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da Europa. Este tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa espanhola, resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que um ano e meio antes chegara ao chamado Novo Mundo, reclamando-o oficialmente para Isabel, a Católica.
O tratado definia como linha de demarcação o meridiano 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde. Esta linha estava situada a meio-caminho entre estas ilhas (então portuguesas) e as ilhas das Caraíbas descobertas por Colombo, no tratado referidas como "Cipango" e Antília. Os territórios a leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à Espanha. O tratado foi ratificado pela Espanha a 2 de Julho e por Portugal a 5 de Setembro de 1494.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Livro das Grandezas de Lisboa
Em 1620, era publicada a primeira edição d”O livro das grandezas de Lisboa” da autoria do Frei Nicolau de Oliveira, natural desta cidade e membro da ordem da Santíssima Trindade. Esta obra se destaca por ser a primeira a fazer referência às “7 colinas de Lisboa” da seguinte forma “as sete colinas sobre as quais estava assente lisboa: castelo, são vicente, são roque, santo andré, santa catarina, chagas e sant’ana”. A ideia das sete colinas deriva muito provavelmente do paralelismo geográficos que os conquistadores romanos encontraram em 138 a.C. ente Olisipo (nome dado pelos fenícios) e Roma, a capital imperial, a qual era rodeada por sete colinas aquando da sua função: campidoglio, quirinale, viminale, esquilino, celivo, aventino e palatino.
domingo, 12 de abril de 2015
Fado corridiño
Canción "fado corridiño" interpretada por Acetre en Olivenza en el concierto que ofreció el grupo para celebrar el día de Extremadura y el 30º aniversario de la formación. La canción se incluye en Canto de Gamusinos.
Imagine que... é um Alien!
Imagine que... é um Alien! Está a visitar a Terra... Descreva, numa frase, o comportamento humano e os seus costumes como se nunca os tivesses visto antes.
Queremos que participe neste estudo etnográfico!
É este o desafio desta semana. A recepção das propostas terminará no final do próximo dia 16, quinta-feira. O prémio atribuído por júri independente à participação mais bem humorada será, como habitualmente, um livro de contos de um jovem escritor português. Utilize a caixa de comentários.
sábado, 11 de abril de 2015
Domingos, Sábados e Outros Dias
«Como definir os textos de 'Domingos, Sábados e Outros Dias'? Cartas imaginárias entre personagens reais, cartas reais a pessoas imaginadas, cartas de jogar com o corpo todo (incluindo a alma em porte pago). Romances instantâneos de um contador de histórias. Porque é a essa estirpe que pertence Júlio Machado Vaz, afinador de almas alheias.» (Do prefácio, de Inês Pedrosa)
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Vida de uma escrava...
A autobiografia de Harriet A. Jacobs “Incidentes na vida de uma escrava” merece bastante respeito e atenção por ser uma literatura rara. Nascida na Carolina do Norte, Sul dos Estados Unidos, a autora relata a sua passagem pela escravidão, fuga e liberdade tardia.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
quarta-feira, 8 de abril de 2015
As pontes de Coimbra que se afogaram no rio
Nesta obra o autor analisa a história da construção e reconstrução das pontes sobre o rio Mondego em Coimbra entretanto desaparecidas, nomeadamente a ponte romana, que D. Afonso Henriques mandou restaurar (e que terá tido reconstruções parciais entre os séculos XII e XIV) e a manuelina erguida em 1513 e demolida em 1873, sendo substituída por uma ponte metálica com pavimento de madeira e passagens laterais para peões. A ponte metálica também afogada no rio, foi substituída em 1954 pela actual (a de Santa Clara), construída em betão armado com projecto do Engenheiro Edgar Cardoso.
terça-feira, 7 de abril de 2015
Cinco palavras inglesas que enganam os portugueses
Depois de vermos cinco palavras espanholas que nos enganam muitas vezes, vejamos alguns falsos amigos vindos directamente da ilha dos nossos mais antigos aliados. Aqui ficam então cinco falsos amigos do inglês:
Actually - Não, não quer dizer “actualmente”. Na realidade, quer dizer “na realidade”. Realmente…
Cigar - Nestes dias em que o fumo já é quase um tabu, talvez não seja de bom-tom referir este falso amigo, mas aqui fica: um “cigar” não é um cigarro, mas também se fuma: é um charuto.
Excited - Por estes dias, haverá muito americano a declarar-se “excited” com a possibilidade de comprar legalmente os charutos vindos de Cuba. Ora, um americano “excited” não será o mesmo que um português excitado. Estará, antes, “entusiasmado”. Admito que este não seja um verdadeiro falso amigo — será apenas um amigo um pouco exagerado.
Library - Se há coisa que me põe “excited” são as bibliotecas — não necessariamente aquelas em que temos de estar em silêncio, mas qualquer sala com muitos livros, onde fico com água na boca e uma espécie de comichão na ponta dos dedos. Ora, também gosto muito de livrarias, mas os espaços não se confundem: num deles, pedimos livros emprestados; no outro, compramos livros. Ora, as “libraries” inglesas não vendem livros…
Push - Racionalmente, sei que “push” é “empurrar”. Mas esta palavra provocou tal curto-circuito na minha cabeça portuguesa que, quando estou em Inglaterra, hesito sempre uns segundos antes de empurrar ou puxar alguma porta — e mesmo assim às vezes engano-me. O mais engraçado é que, por vezes, também me acontece tal coisa em Portugal. Coisas estranhas que se passam no nosso cérebro…
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Amor é fogo que arde sem se ver...
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões (1524-1580)
Almanaque do Cozinheiro
Como se lê no prefácio, neste livro reuniram-se escritos de Luís de Araújo relacionados com gastronomia e nele se encontra a faceta de boémio e bon vivant, nas andanças por botequins, hortas e feiras, deste português nascido em Portalegre em 5 de Abril de 1833 e que morreu em Lisboa a 12 de Janeiro de 1908. Luís de Araújo, de seu nome completo Luís António de Araújo Júnior, colaborou em vários jornais, como Diário de Notícias, Boudoir e Comércio de Lisboa, onde publicou uma infinidade de folhetins, contos e poesias. Foi também redactor de O Novo Almocreve das Petas (1871) e do Almanach de Luiz d’Araujo, que se editou durante trinta e um anos, entre 1870 e 1902.
domingo, 5 de abril de 2015
Descubra quem é
Acompanhado por outros oficiais portugueses e alemães, o nosso personagem visita a frente de Leninegrado em 1941, aqui fotografado a observar um tanque russo destruído ou capturado. Quem pretendemos que identifique é o oficial agasalhado por um sobretudo e de bivaque escuro na cabeça, em último plano na foto, o quarto a contar da esquerda.
Afinal, de quem se trata?
É este o desafio desta semana. Utilize a caixa de comentários. Para o primeiro leitor que identificar o personagem temos um livro como prémio.
Afinal, de quem se trata?
É este o desafio desta semana. Utilize a caixa de comentários. Para o primeiro leitor que identificar o personagem temos um livro como prémio.
sábado, 4 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
João Abel Manta
Autor de uma obra multifacetada, centrada sobretudo na arquitectura, desenho e pintura, João Abel Manta afirmou-se no panorama cultural português a partir do final da década de 1940. Nos anos que se seguiram teve importante actividade no domínio da arquitectura, que abandonaria progressivamente em favor das artes, destacando-se como um dos maiores cartoonistas portugueses das décadas de 1960 e 1970. Nos anos anteriores e posteriores ao 25 de Abril publicou regularmente, em jornais de grande tiragem, trabalhos emblemáticos da situação político-social portuguesa nesse período de transição. Na década de 1980 redireccionou uma vez mais a sua obra, centrando-se prioritariamente na pintura.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
José da Silva Lopes (1932-2015)
“A geração grisalha não pode estar a asfixiar a geração nova da maneira como tem feito até aqui. Não pode ser. Eu sou pensionista, sou da geração grisalha, quem me dera a mim que não toquem nas reformas, mas tocam, vão tocar e eu acho muito bem. Não há outro remédio”, afirmou em 2013, a propósito das medidas de austeridade. “Em Portugal, querem que o Governo gaste mais, não querem que o Governo aumente os impostos e querem que o Governo tenha um défice mais pequeno. Ora, isto é uma impossibilidade aritmética. E, no entanto, as mesmas pessoas, o mesmo grupo, o mesmo partido, querem estas coisas ao mesmo tempo. Este tipo de situações ilógicas é que nos levou a isto», assume numa outra entrevista sobre o mesmo tema.
Licor Beirão
O “Licor Beirão” é uma marca que faz parte da nossa história, uma bebida tradicionalmente portuguesa, preparada à base de plantas, cuja fórmula secreta nasceu numa farmácia da Lousã há cerca de 75 anos. Com o seu travo a doce, levemente exótico, tem um paladar suave de uma bebida quente, sendo um óptimo “digestivo”, a tomar em quantidades moderadas. O seu criador, José Carranca Redondo (1916-2005), foi pioneiro em Portugal na publicidade de estrada, desde meados do século XX, tendo recorrido mesmo, na década de 60, a um cartaz com um “slogan equívoco” (pela sua dupla conotação, também associada a Salazar): “O Beirão de quem todos gostam!”.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Os ciganos que posaram para Pierre Gonnord
O francês Pierre Gonnord começou há vários anos a retratar pessoas que moram rodeadas da natureza. Visitou agricultores, pescadores e ciganos que trabalhavam em grandes quintas. As pessoas aparecem na fotografia tal como são – a mesma cara, corpo e roupa. Para ele, é muito importante “ouvir, ver, sentir e expressar” com os outros. Não deixa de confessar que foi complicado fazer o seu trabalho pois hoje em dia as pessoas “querem proteger a sua intimidade". "Mas a minha intenção era primeiro conhecer e entender esta cultura”. Só fotografou pessoas com quem já tinha passado algum tempo e chegou, até, a fazer amizades. “Os ciganos têm uma elegância e dignidade muito naturais. São como reis e rainhas em exílio”. Os retratados, Anibal e Rogiero, pertencem a uma comunidade cigana em Olivença, 2014.
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